2013-01-11

O fim do Pai Natal... por enquanto

Há muitos anos que temos a sorte de receber a visita do Pai Natal na noite de 24 de Dezembro. E é visita sempre certa, quer tenhamos crianças connosco ou não.
 
Ainda que se levantem muitas vozes contra o facto de enganarmos assim a crédulas criancinhas, nenhum de nós, os adultos, reflecte sobre os eventuais perigos desta mentira ao vermos o rosto iluminado das nossas crianças enquanto aguardam a chegada do Pai Natal, com quase todas as luzes apagadas e o vêem finalmente, num misto de susto e encantamento, a espreitar à janela, de barrete vermelho e longas barbas brancas, no negrume da noite, apontando uma lanterna para nós, para se certificar se está na casa certa, antes de bater à porta, transformando assim uma noite vulgar numa grande noite de magia.

O problema é que as crianças vão crescendo e chega aquele momento em que se tem que mostrar a realidade e falar sobre a não-existência do simpático velhote que só é lembrado e apreciado por trazer prendas uma vez por ano, quer nos tenhamos portado bem ou não.
A experiência mostra-nos que a melhor forma para não desiludir as crianças é oferecer-lhes o papel da figura do Pai Natal, depois de explicarmos ter sido sempre representada por um dos adultos.
 
 
É engraçado ver a mudança de um olhar confuso e triste com o “enterro” daquele velhote,  para um lampejo luminoso perante a ideia de se poderem mascarar  e participar num momento de fantasia.
E foi assim, aproveitando o enorme entusiasmo, que fechadas num quarto procedemos à transformação, vestindo os trajes natalícios sobre almofadas para nos tornarmos barrigudas, prendendo  as barbas e os barretes, ajustando tudo com óculos para esconder as feições e de saco ás costas e de lamparina na mão, fomos bater à porta, abafando risos e sussurros nervosos.

Entrámos na casa mergulhada em penumbra, ao som do "Silent Night" e, engrossando a voz, menos a mais nova que estava preocupada com o poder ser reconhecida, fomos cumprimentando e oferecendo a todos uma pequena lembrança... uma vez que a crise é para todos.
Juntamos uma foto para verem como fizemos 3 simpáticos pais natais
 
 
Antes de abandonar a casa, os pais natais ainda ofereceram um momento musical ao cantarem o Dueto dos Gatos de Rossini, neste caso um terceto, mas que não juntamos vídeo por respeito aos ouvidos dos nossos leitores uma vez que ficou patente a necessidade de mais uns ensaios J
Pensamos que foi uma noite extraordinária e inesquecível para as nossas meninas

E com este pequeno texto e foto, aproveitamos para desejar, com algum atraso, um Feliz Ano Novo a todos os nossos amigos

10 comentários:

Manuel Luis disse...

Votos de um excelente ano novo com muita saúde, paz, amor, dinheiro e tempo para gasta-lo.
Abraços

maria diegues disse...

Que maravilha minha amiga, pena não ter podido assistir a essa chegada dos Pai Natal e ouvir a miadeira das minhas meninas.
Bjs.

João Roque disse...

Que pena escreveres tão pouco aqui no blog, Ana...
É sempre um imenso prazer ler o que nos trazes, pois é sempre original e tão bem exposto.
Bom Ano para todos vós........

Rubi disse...

Feliz Ano Novo :). Beijinhos e espero que em 2013 haja mais blogue!

bettips disse...

Quer acredites... tinha passado aqui (e abaixo, na gaivota) há poucos dias.
Quando foi o temporal recordei os amigos que estariam sujeitos a ele, como seria. Se fosse pessoa de telefonemas, teria sabido...
Lembrei o espaço e a japoneira majestosa no meio do campo, a vista, os bichos. A generosidade do espaço - e acima de tudo, das pessoas que encontramos.
Tenho saudades de verde e espaço, bem sabes, disse-o.
Um abracinho para ambos + família

poetaeusou . . . disse...

*
Ana
,
o teu Pai Natal,
tem o sabor da CocaCola !
srsrsr,
,
cinchinhas marinhas.
deixam,
*

vieira calado disse...

Olá, boa noite!
Obrigado pelo seu comentário na minha astronomia.
Volte sempre.
E também pode ver a minha poesia...

Beijinho para si!

Chanesco disse...

Olá Ana

Nunca é tarde para nos desejarmos votos de felicidades. BOM ANO para si também.

Quanto ao Pai Natal eu acho que ele está para durar.
Apesar da crise de valores em que vivemos este aforismo do consumismo irá mante-se incólume, mas ainda bem: o sonho das crianças não pode ser interrompido assim, ... bruscamente.

Abraço

catrineta disse...

Olá Ana. Que ideia genial a sua.
Mas são 3 Pais Natal deliciosos!
Já mostrei à minha pequenota.
É com muito gosto que leio as suas histórias.
Beijinhos
Rosa

poetaeusou . . . disse...

*
que prenda do Pai Natal
recebeu a paixão dos sentidos,
que a obrigasse a deixar
estas estradas maravilhosas ?
srsrsrsr,
,
volta Ana,
os teus textos,são um hino
aos nossos abandonados Campos !
,
um mar de searas, deixo,
*